11 de ago. de 2014

Assassinato de mulheres: o rastro vermelho da moto

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Durante uma semana, O POPULAR conversou com familiares de mulheres mortas em situações semelhantes: geralmente um único tiro no peito disparado por um homem em uma motocicleta. Em comum, a falta de respostas da polícia, a angústia dos parentes e a suspeita de um serial killer solto.

Beatriz estava animada. O terceiro domingo do ano seria comemorativo para a família da jovem de 23 anos. Todos se reuniriam na casa simples dos avós maternos, com os quais ela morava, no Parque Amazônia, para almoçar e comemorar mais um ano de vida da avó já velhinha. Ela havia organizado tudo. No sábado (18 de janeiro), dia anterior, Bia, como ela era chamada pelos mais próximos, deu uma faxina na casa para receber os parentes. Eles chegariam no meio da manhã, cada um trazendo algo para compor o cardápio da refeição e ajudar na cozinha. Já ela, sempre cuidadosa e solícita, saiu apressada, minutos antes da hora marcada, para ir até a padaria comprar pão e leite para que as visitas pudessem fazer um lanche. Bia foi para nunca mais voltar.

Era uma manhã de domingo como outra qualquer, com ruas vazias e a maioria das pessoas ainda dentro de casa. Ela vestia uma blusa amarela, calça jeans e sapatilhas de couro. Carregava consigo um aparelho celular e pouco mais de R$ 25 em dinheiro. A jovem chegou a falar para a avó que estava sentindo frio, antes de sair, e a “mainha”, jeito carinhoso com que Bia se referia à avó, tentou fazer com que ela ficasse em casa. “Deixa disso, minha filha. A gente consegue ficar sem pão e leite”, advertiu sem sucesso. Beatriz saiu assim mesmo, subindo a pé pela rua de casa naquela manhã do dia 19 de janeiro. Minutos depois, veio a notícia que amargou o gosto do início de domingo do goianiense e tornou o aniversário da avó de Beatriz um dos dias mais tristes da família.
O POPULAR começou o dia noticiando: “Mulher de 23 anos é assassinada no Setor Nova Suíça”. Esta mulher eraBeatriz Cristina Oliveira Moura, uma jovem humilde, que quase não saía de casa, que só fez até à 6ª série do Ensino Fundamental e voltaria à estudar em fevereiro, pois já havia feito a matrícula. Ela era a caçula de três irmãs, perdeu a mãe quando tinha quatro anos e se desdobrava para cuidar dos avós, dos sobrinhos e de si mesma. Era praticamente a única coisa que ela fazia. Bia levou um tiro no peito ao ser abordada por um motoqueiro na Rua C-181, bem perto da padaria. Curiosamente, o assassino não roubou nada. Ela caiu ao chão no meio da via deserta, ainda com o celular e os pouco mais de R$ 25 em dinheiro. Ninguém viu, nenhuma câmera registrou.
Na tarde do dia anterior, enquanto Bia faxinava a casa dos avós para receber a família no domingo, a adolescente Bárbara Luiz Ribeiro Costa, de 14 anos, estava em um salão de beleza, no Setor Lorena Park, retirando o excesso das sobrancelhas. Ela e Beatriz não tinham nada em comum, não se conheciam.

A relação entre as duas surgiria em razão do fim trágico: duas mulheres assassinadas no mesmo final de semana e em circunstâncias semelhantes. Bárbara também foi abordada por um motoqueiro, do lado de fora do salão, onde esperava pela avó para ir embora para casa. Testemunhas disseram que ela e o suspeito conversaram por alguns minutos e que a adolescente tirou as bijuterias que usava, jogando no chão. Pouco adiantou. Ela foi atingida com um tiro no peito. Ele não roubou nada.
No caso de Bia, são poucas as informações. Sabe-se que era moto, por causa do barulho ouvido pelos moradores próximos. Quando eles saíram na rua, depararam-se com ela já estirada no asfalto. A morte de Bárbara foi vista por algumas pessoas. O motoqueiro estava de capacete, mochila nas costas e em uma moto 150 cilindradas, que tinha uma capa preta sobre o tanque. Os dois crimes, ainda cheios de mistérios e sem elucidação, assustaram a capital já no início de 2014 e deram o tom do que estaria por vir. Um enredo inimaginável, com repercussão até na mídia internacional, estava começando a se desenvolver.

Agitada
Numa segunda-feira típica, início de fevereiro, a dona de casa Lilian Sissi Mesquita e Silva, de 27 anos, cumpria calmamente seus afazeres, dentre eles levar e buscar os dois filhos pequenos na escola. Quem a conhecia, dizia que ela parecia ser 10 anos mais jovem. A beleza, inclusive, rendeu-lhe o título de Garota Mirim, aos 13 anos, no colégio onde estudava. “Minha filha era muito bonita, vaidosa, gostava de se cuidar”, conta a mãe, a feirante Rosana Mesquita Silva, de 42 anos. Há mais de uma década, Lilian vivia com o marido, o mecânico Carlos Eduardo Valczak, 34, e dedicava praticamente todo o tempo que tinha a ele, à casa e aos filhos. “Ela não saía para nada. Era de casa para escola, da escola para casa”, conta Carlinho, como ele é chamado pelos amigos.

Mãe e marido conversaram com Lilian naquele 3 de fevereiro. Pela manhã, Rosana ligou para saber da filha e dos netos. Foi um bate-papo normal. Rápido. À tarde, por volta das 16h30, meia hora antes de sair para buscar os filhos na escola, a dona de casa ligou para a mãe, que não atendeu. O aparelho celular estava dentro do carro, e Rosana entrou na casa de uma costureira amiga para pegar umas encomendas. O último contato entre mãe e filha foi um registro de ligação perdida. O marido, segundo ele, ligou para a esposa às 16h40 e conversou com ela por 10 minutos. “Ela disse que iria trocar de roupa para ir buscar as crianças. Vinte minutos depois, meu celular tocou. Era um colega dizendo que algo sério tinha acontecido. Liguei para ela e já não dava mais. Eu tentava, e nada”.
Os últimos momentos de Lilian foram registrados pelas câmeras de circuitos de filmagem. Ela caminhava pela Rua Formosa, na Cidade Jardim, entretida com o celular sem perceber os carros e as motos que passavam pela rua. Era numa destas, inclusive, que o assassino trafegava pela região, passando mais de uma vez pela via. Duas esquinas depois, ela foi surpreendida. O motoqueiro, trajando roupas escuras e sem tirar o capacete preto, apenas desceu, o que a assustou de imediato, tirou a arma e atirou em seu peito. Lilian caiu no chão na posição decúbito dorsal e o autor, sem levar nada, subiu novamente na moto e fugiu acelerado pelas ruas do bairro. Foi-se a vida da jovem e ficaram dois filhos, um garoto de sete e uma menina de 10 anos, que, naquele dia, não encontraram a mãe ao saírem pelo portão da escola.

Um vizinho da jovem declarou à investigação que Lilian saiu de casa, no dia, discutindo com alguém pelo telefone e que estava bastante alterada. Até hoje o caso não foi elucidado. E outras famílias já enfrentaram perda semelhante, desde então. Ana Maria, por exemplo, estava de casamento marcado para o final do ano. O xodó da família e a caçula dos irmãos, que um dia foi uma criança bela que encantava a todos, estava cheia de planos, focada em passar na segunda fase do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e em preparar tudo para o casório, do vestido à decoração. A temática seria japonesa, por causa do noivo Maxwel Satoshi Duarte Otsuka. No dia 15 de março mesmo, ela disse animada à irmã, a policial civil Lívia Fiori, 34, que iria decorar a festa com origamis de pássaros. Isso aconteceu durante a tarde. À noite, o sonho se desfez.

Ana Maria Victor Duarte, de 26 anos, queria muito comer um sanduíche aquele dia. E assim o fez, após a chegada do noivo do curso de pós-graduação. Eles foram até uma lanchonete da Rua T-64, no Setor Bela Vista. Sentados em uma mesa na calçada e distraídos com a conversa, o casal foi surpreendido pela ação de um motociclista que chegou armado, em uma moto preta e dando voz de assalto. Ele pediu os celulares. Maxwel entregou, mas a noiva não estava com o aparelho dela na hora. Foi fatal. O assassino se atrapalhou no primeiro tiro, pois a arma não disparou. Na segunda tentativa, no entanto, a jovem foi atingida no peito e a bala se alojou nas costas. “Com um tiro, ele levou a vida dela, minha, do meu pai, da minha mãe e do meu irmão”, expressa Lívia.

Ana é filha do promotor aposentado Uigvan Pereira Duarte. O crime abalou a cidade e não se falava em outra coisa. Afinal, mais uma vez o assassino foi embora sem levar nenhum objeto, nem mesmo o celular que Maxwel chegou a entregar. Dias depois, a Polícia Civil divulgou um retrato falado do assassino, no qual ele aparece de capacete preto, já que ele, assim como nos casos anteriores envolvendo motociclistas, não o tirou durante a ação e as testemunhas só viram os olhos e parte pequena do rosto. A imagem circulou na internet, nos grupos do aplicativo Whatsapp, mas, até hoje, o responsável pela morte da jovem, apesar do total empenho e participação da família na investigação, continua sem ser identificado.

Repetição

Sobram perguntas e faltam respostas. O tempo passou ligeiro, trazendo em futuro próximo mais notícias de uma tragédia, que até parecia anunciada, já que a prática se repetia. Sandra Oliveira Soares Felipe, de 46 anos, não consegue esquecer o dia em que preferiu sair correndo pelas ruas do Bairro Goiá do que pegar o carro, tamanho era o desespero, para chegar na farmácia onde a filha foi assassinada. Wanessa tinha saído de casa, horas antes, arrumada para ir à academia. Vaidosa e uma menina que ainda preservava as bonecas da infância no quarto, apesar da idade, ela saiu vestindo tênis rosa, bermuda florida e uma blusa azul. Na volta, passou para comprar um desodorante e, quando estava na seção de perfumaria, a caminho do caixa, sobrou-lhe tempo para dizer uma única palavra: “Deus!”

Wanessa Oliveira Felipe, de 22 anos, assustou-se com a aproximação de um homem vestindo preto, armado e de capacete, que havia acabado de estacionar a moto de cor preta na porta da farmácia. Sem dizer nada, ele entrou, atirou nela à queima roupa e saiu andando tranquilamente, dando tempo, inclusive, para se virar e certificar de que ela havia caído no chão. Ali terminava a trajetória da moça que sonhava em cursar Medicina Veterinária, meta que ela fazia questão de frisar e anotar em lembretes colados na porta do guarda-roupa, em seu quarto, que era a caçula e única mulher de três irmãos e braço direito da mãe, que hoje mora sozinha. “A Wanessa era minha companheira. Meu amparo”, define Sandra.

O rastro vermelho da moto II

motoA tristeza gerada nos quatro primeiros meses do ano ainda não era o bastante. A violência da cidade preservava mais. E em dose dupla. Quinze dias se passaram, entre a morte de Wanessa Felipe e o dia 8 de maio. Janaína estava no bar; Bruna no ponto de ônibus. Duas jovens aparentemente diferentes, uma loira e uma morena, que não se conheciam, cada uma em um canto do Jardim América, acompanhadas de colegas de trabalho e cujas histórias se cruzariam tragicamente naquela noite, sendo citadas no dia seguinte na mesma página de jornal. O mês que começou sangrento terminaria em clima de terror.

O relógio marcava próximo das 22 horas e Bruna Gleycielle Gonçalves, 27, estava prestes a sair do trabalho. Ela era recepcionista de uma academia e sempre saía tarde, tendo que pegar pelo menos dois ônibus para chegar em casa, no Jardim Itaipu. Naquele dia, ela havia comprado um presente para a mãe, que só seria entregue no domingo, quando ela esperava comemorar o Dia das Mães. Ele chegou às mãos da dona de casa Marlene Bernadete de Sousa, 53, mas da pior forma possível: sem a filha dela. Era um chocolate, que, ironicamente, tinha um gosto amargo.

Bruna e o amigo Alexsandro Francisco de Araújo deixaram o trabalho e seguiram para o ponto de ônibus da Avenida T-9, no Jardim América. Naquele horário, Janaína Nicácio de Souza, a outra moça da história, já tinha morrido. Ela estava em um bar na Rua C-1, no mesmo bairro, acompanhada por Alex Alves dos Santos. Bastou este ir ao banheiro para tudo acontecer. Por volta de 21h40, um motoqueiro estacionou sua moto, desceu, deixando-a ligada, aproximou-se de Janaína, que estava sentada sozinha perto da calçada e apenas atirou. Foi rápido. O barulho assustou a freguesia dos bares próximos, ela caiu no chão sangrando e o homem alto, magro e de cerca de 1 metro e 85 centímetros de altura fugiu.

Pouco mais de uma hora depois, Bruna, que é filha de um sargento aposentado da Polícia Militar, Clinger Gonçalves Oliveira, já estava no ponto da T-9 aguardando pela chegada do ônibus. Ela se destacava pela beleza e porte atlético. Os cabelos originalmente loiros, mas pintados de preto eram lisos e longos. Tudo que ela queria era chegar em casa para descansar e encontrar o filho de sete anos, com o qual dormia abraçada todas as noites. Ele, como narra a avó, estava ansioso em casa e driblando o sono para conseguir acompanhar Marlene até o ponto de ônibus da avenida do bairro para buscar a mãe. Eles faziam isso diariamente.

“Aqui é um assalto. Desliga o celular e me passa”, consta no boletim de ocorrência como sendo aquilo que o motoqueiro falou para Bruna, antes de matá-la. Enquanto ela abria a bolsa para pegar o aparelho, o barulho do disparo tomou conta da avenida deserta naquela hora da noite (22h40). O assassino apontou a arma para o amigo da jovem, mas não atirou. Ele subiu na moto e fugiu sem levar nada. A moça era evangélica e estava de casamento marcado para o final do ano. O noivo, no dia, estava no Mato Grosso a trabalho, justamente, para juntar dinheiro e planejar a vida do casal.

Relações

A relação entre o assassinato de Bruna e Janaína ainda não foi confirmada pela investigação. A descrição dos autores, no entanto, e o modo de agir se assemelham. O dono do bar, onde Janaína estava, conseguiu anotar a numeração da placa da moto dirigida pelo autor do crime. O final é 6144. Coincidentemente, este número passou a ser divulgado em mensagens do aplicativo Whatsapp, como sendo a da placa de um serial killer. Os boatos e a possibilidade da existência de alguém específico que pudesse estar por trás das mortes de mulheres em Goiânia tomou proporção assustadora, durante o mês de maio. Não se falava em outra coisa. Chegou-se a divulgar a imagem de um rapaz inocente como se ele fosse o suspeito.

Áudios de pessoas dizendo que haviam sido informadas da atuação de um serial killer, bem como orientando moças jovens a tomar certos cuidados para não serem alvos do provável “maníaco” contribuíram para gerar clima de apreensão e questionamento das autoridades de segurança pública. Mas, mais do que isso, o que gerou medo mesmo foi a continuidade dos casos. Em 23 de maio, Carla Barbosa Araújo, estudante natural de Ponte Alta do Tocantins (TO) e que tinha acabado de completar 19 anos, foi assassinada em uma praça do Setor Sudoeste. O autor seguiu o mesmo roteiro: chegou em uma moto preta, desceu, anunciou o assalto e, como a vítima não tinha nada para entregar, ele atirou contra ela à queima roupa, atingindo-a no tórax.

Boatos

A essa altura, o boato já havia chegado ao ouvido de todos. Dias antes, a adolescente Isadora Aparecida Cândida dos Reis, 15, chegou a comentar com os pais sobre as informações que vinha recebendo pelo Whatsapp. “Só que ela não tinha porque ter medo. Ela só ficava dentro de casa, não saia sozinha”, conta o pai, o lanterneiro Gilmar Cândido dos Reis, de 47 anos. Bastou uma saída rápida, na companhia do namorado, no entanto, para o pior acontecer. Na noite anterior, ela tinha ido a um show na pecuária de Goiânia. Acordou por volta das 11 horas no domingo, 1º de junho, e estava alegre, como de costume. Almoçou no meio da tarde, depois de ajudar a mãe a fazer a comida e foi até a casa do namorado, de onde retornaria quando desse a hora de arrumar para ir à missa.

“A mãe dela ainda disse: Vai com Deus e muito cuidado na rua. Só que nós nem sonhávamos com esse trem, porque o delegado, na mesma semana, falou que não existia serial killer em Goiânia”, conta o pai. O aviso chegou no portão de casa, que fica a menos de 200 metros do local, por meio dos gritos de dois garotos do bairro: “Corre ali, que ela foi baleada!” Gilmar tinha acabado de acordar e nem terminou de engolir a água que havia pegado no filtro. Já no portão, uma outra notícia lhe golpeou de cheio. Um dos garotos soltou: “Ó, senhor, mas eu acho que ela já está morta, viu”. O lanterneiro correu desesperado, chegou minutos depois dela ter sido atingida pelo disparo, que lhe tirou a filha cheia de futuro. Isadora era bicampeã brasileira e tricampeã goiana de capoeira e sonhava em estudar Direito e ser juíza.

Ela e o namorado desciam pela Avenida São Geraldo, do Setor São José, quando um motoqueiro com as mesmas características dos crimes anteriores surgiu pedindo pelos aparelhos de celular. Ela, prontamente, se dispôs a entregar, mas o homem bateu em sua mão, o celular caiu, ele a pegou pelo ombro direito, virou-lhe de costas e fez o disparo, guardando a arma na cintura e fugindo, em seguida. Tudo aconteceu em questão de segundos. Isadora foi velada no mesmo espaço onde há menos de um mês ela havia comemorado o aniversário de 15 anos e onde ela praticava capoeira desde os cinco anos de idade. “Está difícil. Você amanhece o dia, eles falam que o tempo cura, né?! Mas amanhece o dia e a saudade é maior que a do dia anterior. A saudade é grande. Você não poder abraçar, não vê-la aqui uma hora dessa, isso é muito dolorido”, lamenta Gilmar.

No dia da morte de Isadora, o delegado titular da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), Murilo Polati, voltou a afirmar que não existia um serial killer matando mulheres em Goiânia. Dois dias depois, as Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) adotaram medidas especiais para abordar motoqueiros em motos pretas e, enquanto isso, as mulheres da capital já vinham mudando os hábitos de rotina para não serem potenciais alvos. O terror estava, de fato instalado e se acentuaria ainda mais. O mesmo sentimento do pai de Isadora passou a ser compartilhado por mais duas famílias 15 dias depois da morte dela, também num domingo, quando Thamara da Conceição Silva, 17, eTaynara Rodrigues da Cruz,de 13 anos, foram as vítimas da vez.

Thamara foi assassinada no Centro e Taynara na Praça da Bandeira, no Bairro Goiá. A mais nova das vítimas, até então, estava acompanhada da amiga Sara Shayane Ferreira da Silva, de 14 anos. Elas estavam sentadas em um banco de costas para a rua, quando um motoqueiro, com capacete preto, blusa branca e dirigindo uma moto vermelha chegou, sem dizer nada, apenas efetuando o disparo que tirou a vida da garota. A amiga contou na delegacia que o assassino virou para ela e orientou para que ela corresse, sem olhar para trás, senão morreria também. “A gente não sabe de nada ainda. Ela não tinha envolvimento com nada. Não temos a menor ideia do que pode ter acontecido”, diz o irmão de Taynara Marcos Paulo Rodrigues Barbosa, 26.

A sucessão de crimes semelhantes não parava. Em julho, no dia 19, um sábado, novamente duas mulheres que estavam juntas ficaram frente a frente com um motoqueiro armado. As irmãs Rosirene Gualberto da Silva, 29, e Rocilda Gualberto da Silva, 36, estavam estacionando o carro, um Gol, na calçada da Avenida Anhanguera, no Setor dos Funcionários, quando um homem chegou de moto, pedindo para que elas entregassem a chave do veículo. A mais nova, que estava no volante, se atrapalhou para encontrar a chave e o homem disparou o revólver contra ela. Rosirene é a mais nova de 12 irmãos, todos naturais do Piauí. Oito dias antes, ele havia chegado do Estado, onde foi visitar os pais. Em razão da distância, eles não puderam vir para acompanhar o velório. Rocilda sobreviveu, apesar de ter sido atingida de raspão pelo tiro.

Também dentro de um carro, Juliana Neubia Dias, 22, e Layane de Souza Dias, amiga dela, passaram por momentos assustadores, no dia 25 de julho. A primeira estava no banco do carona, ao lado do namorado, quando um homem com capacete preto se aproximou e atirou duas vezes contra elas. Juliana foi atingida no rosto e morreu no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Ela e Layane se conheciam de Itapaci, onde cresceram juntas. A amiga sobreviveu, porque abaixou . Dez minutos depois, Daiane Ferreira de Morais foi baleada nas costas por um homem em uma moto, na Avenida C-1, no Jardim América.

No dia 2 deste mês, foi quando aconteceu o último assassinato com este perfil de ação e quando o governo decidiu, finalmente, implantar uma força tarefa para investigar todos eles, que permanecem sem respostas. A vítima, que comoveu a todo, foi a adolescente Ana Lídia Gomes, de 14 anos, que morreu com um tiro na cabeça, às 15h10, em um ponto de ônibus da Avenida Piratininga, no Conjunto Morada Nova. A Polícia que, outrora, afirmava que não existia um serial killer na cidade, passou a não descartar mais a possibilidade.

Do Jornal O Popular

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