A anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, que, segundo o Ministério da Saúde, atinge entre 25 mil e 50 mil brasileiros, principalmente a população afro descendente. É caracterizada por uma alteração nos glóbulos vermelhos, que perdem a forma arredondada e elástica, adquirindo aspecto de foice (daí o nome “falciforme”). Essas características dificultam a passagem do sangue por vasos de pequeno calibre e a oxigenação dos tecidos, podendo haver interrupção de fluxo sanguíneo e até morte de tecidos e órgãos.
De acordo com o médico responsável pelo Núcleo de Tratamento de Feridas e Pé Diabético do Plunes Centro Médico, Dr. Adriano Mehl, as pessoas com doença falciforme “apresentam anemia crônica e episódios de dor severa, decorrentes da obstrução dos vasos, pois, devido à forma de foice que as hemácias assumem, sua circulação fica debilitada”. Outros sintomas comuns são fadiga intensa, palidez, cor amarelada na parte branca dos olhos, atraso no crescimento, feridas nas pernas, problemas neurológicos, cardiovasculares e pulmonares.
Para ser portador da doença, é necessário que o gene alterado tenha sido transmitido pelo pai e pela mãe. “Caso seja transmitido por apenas um dos pais, o filho terá o traço falciforme, ou seja, a característica será passada para os descendentes, mas a doença não se manifestará”, destaca Dr. Adriano.
Tratamento
Por se tratar de uma doença hereditária, é possível detectá-la já no nascimento, por meio do teste do pezinho. Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, menores as chances de complicações. “É importante que o portador conte com acompanhamento de uma equipe multidisciplinar de Saúde, com médico, enfermeiro, nutricionista e outros profissionais que possam ser necessários” destaca o especialista. O tratamento holístico auxilia, pois avalia a pessoa como um todo, estabilizando a doença e promovendo a melhora da qualidade de vida.
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