O Centro de Radioacidentados informa ainda que mantém atendimento médico, psicossocial e odontológico, exclusivo, aos pacientes, especialmente nas áreas médicas de cardiologia, dermatologia, proctologia, clínica geral, ginecologia e pediatria, com atendimento após agendamento feitos pelos mesmos números de telefones. Os ambulatórios do Cara ficam na Rua 16-A, nº 792 Setor Aeroporto, em Goiânia.
Cara
O Centro de Assistência aos Radioacidentados (Cara) é uma unidade administrativa da Secretaria da Saúde de Goiás (SES), criada em 1999 pela Lei nº 13.550 para assumir as competências da antiga Funleide, extinta em 1999. O centro coordena o sistema de referência e contrarreferência dos radioacidentados, gerencia e produz informações científicas, além de manter intercâmbio com instituições de variadas áreas. É referência no monitoramento epidemiológico, informação e estudos sobre exposição à radiação ionizante pelo Césio-137.
Em setembro de 1987 aconteceu o acidente com o Césio-137 (137Cs) em Goiânia. O manuseio de um aparelho de radioterapia abandonado onde funcionava o Instituto Goiano de Radioterapia gerou um acidente que envolveu direta e indiretamente centenas de pessoas. Quatro pessoas morreram. É considerado o maior acidente radiológico do mundo. Foram identificados e isolados sete focos principais, onde houve a contaminação de pessoas e do ambiente e onde havia altas taxas de exposição.
As primeiras a morrer foram Leide das Neves, de 6 anos, e Maria Gabriela. Ambas em 23 de outubro. As vítimas foram enterradas em caixões de chumbo para conter a radiação. De acordo com a Secretaria da Saúde de Goiás, o Centro de Assistência aos Radioacidentados tem cadastradas 163 pessoas dos chamados grupo 1 e 2 – que tiveram contato mais próximo com o elemento radioativo – e 780 do grupo 3, que abrange os policiais militares, bombeiros e funcionários do Consórcio Rodoviário Intermunicipal que trabalharam na época do acidente.
No total, foram monitoradas 112.800 pessoas. Em 6.500 ficou constatado algum grau de irradiação e em 249 verificou-se significativa contaminação interna e/ou externa. O acidente de Goiânia gerou 3500 m3 de lixo radioativo, que foi acondicionado em containeres de aço e depois concretados. O repositório definitivo deste material está na cidade de Abadia de Goiás, a 23 km de Goiânia, onde foi instalado o Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro-Oeste, que executa a monitoração dos rejeitos radioativos e controle ambiental.
Fonte: goiasagora
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