O candidato ao Senado pela coligação Amor por Goiás, Ronaldo Caiado (Democratas), acumulou importantes vitórias para os goianos ao longo de seus cinco mandatos de deputado. Uma das mais recentes foi em 2011 quando conseguiu aprovar na Comissão de Minas e Energia da Câmara uma alteração na lei sobre dejetos radioativos que impediu que Abadia de Goiás fosse forçada a aceitar este tipo de resíduo oriundo de outros Estados. “Não tenho medo de enfrentar batalhas. Se eleito senador, Goiás terá um lugar de destaque nas decisões nacionais em vez de ser subserviente aos outros Estados”, garantiu. A proposta está pronta para ser aprovada na Comissão de Constituição e Justiça.
A conquista de Ronaldo Caiado foi graças ao projeto de lei de sua autoria que prevê que a construção de depósitos de rejeitos radioativos deverá ser aprovada pela população da cidade, por meio de plebiscito. A medida foi criada para garantir à população o direito de se proteger contra imposições em nível federal. “A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) tinha a prerrogativa de escolher onde depositar o lixo radioativo, muitas vezes sacrificando o desenvolvimento de um município. Agora isso não ocorrerá sem a devida aprovação da sociedade”, defendeu Ronaldo Caiado.
O democrata deixa claro que tomou a decisão de apresentar o projeto depois que o Cnen escolheu Abadia de Goiás como depósito dos resíduos radioativos das Usinas Nucleares de Angra I e II. “Goiás já vivenciou o trauma provocado pelo acidente do césio 137, que deixou vítimas fatais e marcas profundas na sociedade. Não bastasse isso, Abadia seria obrigada a receber lixo radioativo de uma região fora do próprio Estado. Chegava a ser injusto com Goiás”, lembra Ronaldo Caiado, que na época promoveu um movimento contra essa atitude de despejar dejetos do Rio de Janeiro na cidade.
Embora o Cnen negue perigo de contaminação, a possibilidade de Abadia de Goiás receber mais lixo radioativo acabava afugentando potenciais empreendimentos, afetando a economia do município. “Assistimos vários episódios de empresas que desistiram de se instalar lá por conta disso. Mas com a lei funcionando, agora temos a segurança de que isso não vai ocorrer à revelia da população. No Senado, se eleito, vou continuar a defender nosso Estado de ações como essa", diz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário