O deputado estadual Baiano Filho (PMDB) negou que tenha negociado cargos com o governador Pedro Taques (PDT) para apoiar o presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Maluf (PSDB). Por outro lado, admitiu que irá procurar o chefe do Executivo para reivindicar a nomeação de aliados não apenas no Araguaia, mas em todo o Estado. O peemedebista entende ter direito de fazer as indicações por ser parlamentar.
"Não tratei de cargo com governador, mas vou tratar agora. Tenho direito de discutir o Araguaia e o Estado inteiro", afirmou em entrevista.
O peemedebista teve um bate-boca com o deputado Zeca Viana (PDT) no dia da posse, pouco antes da cerimônia. Baiano alega que pediu para que o pedetista fosse à imprensa se retratar sobre a declaração de que deputados teriam "se vendido" para apoiar a chapa da Maluf. Ele se defendeu de qualquer acusação e disse que desde o início, numa reunião na casa do tucano, já havia declarado apoio a ele.
Quanto à mudança na composição da chapa, com a exclusão de Mauro Savi (PR) e a entrada do deputado Nininho (PR) na primeira secretaria, Baiano explicou que em nenhum momento discutiu-se com a formação da composição da mesa diretora já fechada e admitiu que apoiou a troca dos parlamentares com a intenção de unir a Casa.
Porém, a mudança feita de última hora e com a participação do Executivo deixou um mal-estar entre os parlamentares e agora ao menos sete deputados seguem insatisfeitos, apesar de a chapa ter obtido 23 votos.
Até mesmo Zeca Viana, que faz parte do grupo de aliados do governador Pedro Taques, compõe o chamado "bloco da oposição".
Sobre seu posicionamento nesta legislatura, Baiano alega que deverá ficar independente e disse que aceitará as críticas ao governo de Silval Barbosa (PMDB) que considerar justas, mas rebaterá aquelas que achar imprópria. Para ele, a gestão peemedebista cometeu erros e acertos.
"Nós não fomos um governo perfeito, acertou e errou. Se as críticas forem justas eu aceitarei, mas se forem injustas levantarei minha voz", afirmou.
Por ALLINE MARQUES
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