Com mais de 20 anos de profissão e experiência no atendimento de adolescentes, a psicóloga Ireniza Canavarros diz que os jovens, mesmo aqueles que tiveram boa educação e têm os pais presentes, entendem que precisam beber e experimentar droga e que isso faz parte das experiências da juventude. 
“Eles chegam ao consultório dizendo que não querem ser caretas, certinhos”, observa. Muitos não teriam tendência, mas consumem droga porque precisam ser aceitos no grupo. Conforme Ireniza, os adolescentes de hoje não vivenciam mais a crise considerada normal, aquela rebeldia temporária que durava entre três e quatro meses e que consistia em desobedecer e questionar os pais. 
Os jovens estão pulando essa etapa e partindo direto para algo mais doentio, que inclui o consumo abusivo de bebidas e drogas. Nesse contexto o que parecia uma dificuldade de relacionamento familiar passageira passa a ser um conflito permanente. 
As famílias, destaca a psicóloga, estão cada dia mais preocupadas, mas não estão conseguindo ensinar aos filhos que as angustias fazem parte da vida e que precisam apreender a lidar sem buscar refúgio nas drogas. 
Da Reportagem-DC
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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